sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Mulheres grávidas podem pedalar ? - Revista Bicicleta por Mellina Albers / Cupon.com

REVISTA BICICLETA
bicicleta - Saúde

Mulheres grávidas podem pedalar?

Por Mellina Albers / Cupom.com
 
                  

27/01/2015
Mulheres grávidas podem pedalar?
Foto: Reprodução
Quando uma mulher fica grávida, ela tem muitas decisões importantes para fazer. Dentre elas, está a rotina de exercícios físicos. Uma mulher grávida deve continuar seu programa de exercícios ou precisa necessariamente procurar um treinamento alternativo? Quanto de exercício ela pode fazer? É realmente necessário reduzir a intensidade? Isso pode machucar o bebê?
Uma simples visita ao obstetra no início da gravidez costuma sanar boa parte das dúvidas, mas também faz com que todas as mulheres fiquem conscientes do perigo de se envolver em qualquer atividade que possa resultar em trauma abdominal, ainda que leve. Todo mundo quer o melhor para a futura mamãe e seu bebê. Mas afinal de contas, o que é o melhor?
Ao longo dos últimos anos, muitas mulheres têm permanecido fisicamente ativas até o dia do parto. Mary Jane Reoch, uma ciclista profissional de renome mundial, engravidou aos 35 anos, e pedalou desde a concepção até o parto. Ela chegou inclusive a participar de uma prova de ciclismo, durante seu quinto mês de gravidez.
Embora tenha sido fortemente criticada por estar "machucando o bebê", os médicos de Mary Jane deram total suporte ao seu programa de exercícios. Ela permaneceu ativa literalmente até o final: ela realmente montou em sua bicicleta, e pedalou 10 quilômetros até a sala de parto, onde deu à luz uma menininha de 5kg, extremamente saudável.
"E se eu cair?", costuma ser o principal medo da mamãe comum, fisicamente ativa, mas com uma resistência bem diferente da de uma atleta internacional. O pensamento mais comum é: "Eu não quero me arriscar, mas também não quero ficar em casa deitada no sofá. E agora?".
Quando as perguntas se multiplicam, surgem milhares de conselhos bem-intencionados, mas que acabam deixando a mulher ainda mais insegura. Falando de forma bem objetiva, mulheres grávidas saudáveis precisam de pelo menos 30 minutos diários de atividade física moderada, de acordo com o American College of Sports Medicine (ACSM).
Uma vez que você visitou seu médico, e verificou que está em uma gravidez saudável, não há motivos para parar de pedalar. Porém, não se esqueça de manter seus equipamentos de segurança sempre em dia e bem cuidados.
Vai ser natural que você sinta um instinto de querer preservar sempre a sua região abdominal, então proteja bem seus braços e pernas. São eles que vão entrar em ação, caso você precise fazer algum movimento mais rápido para se proteger.
Prefira calças na sua numeração correta ou um número maior, para que não prendam a circulação, nem limitem os movimentos, e não abra mão de joelheiras e cotoveleiras. Existem sites que oferecem descontos de até R$ 400 na compra desses produtos, como por exemplo, o Cupom.com.

Bicicleta Tunada

Monte sua bike com pneus largos, buscando proporcionar maior estabilidade durante a pedalada, e também na hora de subir e descer. Grávidas precisam de atenção redobrada na hora de subir ou descer da bicicleta. Com a mudança de peso corporal, é normal que a futura mamãe sinta dificuldades de se equilibrar.

Percursos Tranquilos

Com pneus maiores, fica mais difícil pedalar em terrenos acidentados ou em grupo, visto que você fica mais lento e pode acabar ficando para trás. Trilhas e corridas de aventura podem esperar alguns meses, em prol da sua segurança. Prefira ciclovias largas e passeios em grupos de ciclistas "mais lentos".

Respeite seu próprio limite

Não há um limite saudável para a intensidade dos treinos de grávidas. Embora existam alguns estudos na área, é arriscado e antiético pedir a uma grávida que participe de um estudo de 9 meses sobre o impacto de um exercício repetido à exaustão, sobre seu corpo e o do bebê. Diante dessa incerteza, fica o apelo ao bom-senso. Observe seu corpo e respeite seus próprios limites. E não deixe de procurar acompanhamento médico.

Mulheres que continuaram

Blaine Bradley Limberg é um ótimo exemplo de grávida que manteve o ritmo das atividades físicas. Depois de consultar sua equipe, que incluía parteiras, um ginecologista-obstetra, e alguns outros médicos, a atleta decidiu ir em frente com o treinamento e completou uma prova de resistência quando estava com três meses e meio de gravidez.
Entre os principais benefícios de manter as atividades físicas moderadas durante a gravidez, estão o maior controle do ganho de peso, menos inchaço, menos fadiga, e, possivelmente, um trabalho de parto mais curto e menos dolorido. Este último ponto se aplica principalmente para as mulheres que já praticavam atividades físicas regulares antes de engravidar.
Mulheres grávidas de dois ou mais bebês, ou em casos de gravidez de risco, precisam de atenção especial e devem consultar um médico antes de iniciar quaisquer atividades. Cada organismo possui suas próprias características e limitações, e em alguns casos é realmente necessário evitar o exercício por completo.
Se você está em uma gravidez saudável, isso não elimina a necessidade da visita ao médico.

Uma Viagem em Homenagem a Marco Pantani Revista Bicicleta por JB Carvalho






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Uma Viagem em Homenagem a Marco Pantani

Em 2011 estive na etapa Rainha do Giro d’Italia, no Colle Delle Fenestre. Neste ano, a organização do Giro dedicou três etapas em homenagem a uma década da morte de Marco Pantani, o Pirata. Então, pensei em assistir pessoalmente a principal delas: a 15ª etapa, que foi de Valdengo a Plan di Montecampione, além da última etapa de montanha, ou seja, a Rainha.

Revista Bicicleta por JB Carvalho
13/01/2015
Uma Viagem em Homenagem a Marco Pantani
Foto: JB Carvalho
Pensando neste projeto, conversei com os amigos da Bianchi Brasil, marca da bicicleta com que Pantani competia, e eles apoiaram a ideia e me convidaram a conhecer a fábrica na Itália. Dessa forma, planejei minha viagem e cheguei a Milão, seguindo para Bergamo e já no segundo dia fui até o município vizinho de Treviglio onde está instalada a Bianchi. A indústria tem mais de 100 anos de história e a cor verde celeste é como um título de nobreza entre as magrelas.
Os maiores mitos italianos pedalaram Bianchi, como Fausto Coppi, Felice Gimondi e o “Pirata” Pantani, todos eles donos de vários títulos e o incrível feito de conquistar o Giro d’Italia e o Tour de France no mesmo ano, cada um em sua época.
Marco Pantani nasceu em Cesenatico, 13 de janeiro de 1970, e morreu em Rimini, em 14 de fevereiro de 2004. Pantani foi um dos melhores escaladores de sua geração. O ponto alto de sua carreira foi em 1998, quando venceu o Giro d’Italia e o Tour de France.

Na Bianchi fui muito bem-recebido pelo gerente de marketing, Claudio Masnata, que me mostrou toda a fábrica e constatei que além e toda a tradição, eles estão na vanguarda da tecnologia com um impressionante laboratório de testes e linha de montagem, porém, mantêm alguns detalhes de finalização e acabamento realizados manualmente, seguindo um padrão de qualidade. Também tive a oportunidade de ver duas bikes campeãs, a de Fausto Coppi e a de Marco Pantani, o que foi realmente muito emocionante. Para finalizar esse dia maravilhoso cheio de cultura e emoção, almocei no refeitório junto com os funcionários.
No dia seguinte parti em direção ao Lago d’Iseo, onde acampei às suas margens, na cidade de Pisogne, para no dia seguinte subir a montanha e assistir à 15ª etapa do Giro d’talia, com chegada no Montecampione. Esta etapa foi totalmente dedicada ao Pirata, pois foi lá que, em 1998, Marco Pantani definiu o Giro. Este ano, na mítica montanha, quem passou acelerando e garantindo a vitória da etapa foi Fabio Aru, nova promessa do ciclismo italiano. Também pude ver nessa etapa o simpático Rigoberto Uran vestindo a Maglia Rosa, e seu compatriota Nairo Quintana na perseguição. Após este aquecimento, saí de Pisogne e passei pela cidade de Brescia, lindíssima, com várias ruínas do Império Romano e uma bela praça medieval. De lá segui para o Lago di Garda, onde visitei o Castelo di Sirmione, simplesmente maravilhoso, pena que peguei um pouco de chuva e não pude explorar um pouco mais a região. Sai de lá e fui para o Monte Zoncolan, para a 20ª etapa do Giro, a última etapa de montanha, a “Rainha”. Todas as etapas de montanha sempre têm um “mar de gente” e muita festa, mas a etapa Rainha extrapola essa regra.
A subida para o Zoncolan começa na cidade de Ovaro. Os três primeiros quilômetros são possíveis a qualquer ciclista, após vem cerca de 200 m de plano para, então, chegar ao verdadeiro Zoncolan, passando por um pórtico que diz “La porta dell’inferno”. Após essa marca não tem descanso, é 18 a 22% de inclinação sem nenhum metro de plano. Devo confessar que não fui capaz de subir tudo no pedal, pois com tanta gente era impossível fazer a conhecida cobrinha ou ziguezague. Realmente, o Monte Zoncolan merece a fama de uma das montanhas mais duras da Europa.
Cheguei a Ovaro três dias antes da prova, assim pude assistir à transformação da cidade, com milhares de pessoas chegando e a cidade se enfeitando... Eu fiquei em um camping a 1,5 km da cidade no começo da subida. Quinhentos metros acima, na mesma estrada, em uma grande área verde, alguns motor-homes e campistas chegavam. Lá havia um grupo de doze amigos italianos de idades variadas e uma estrutura de dar inveja: uma barraca grande onde todos dormiam acoplada a um gazebo maior ainda, com gerador elétrico, geladeira repleta de comida e bebida, uma grande televisão para não perder nada e uma churrasqueira dupla. Além disso, os “meninos” ainda tinham um grande aquecedor a gás, pois a noite é fria na montanha.
Nas vésperas das etapas eles mexiam com todo mundo que passava por ali, e não foi diferente comigo. Já que estava lá para a festa, parei e de imediato um deles veio até mim com um copo de vinho e ofereceu-me dizendo que aquela era a coragem para subir o Zoncolan. Fiquei amigo deles, ou melhor, eles me adotaram, pois no dia seguinte já tinha uma caneca com meu nome. Jantei todas as noites com eles. Também assisti as corridas na televisão com eles. Ali ao nosso lado estava o famoso “Didi, o Diabo”, aquele cidadão fantasiado que com seu tridente corre atrás dos ciclistas... Pura festa!
Foi mágico. Estava ali assistindo pela televisão e escutando os helicópteros, quando num piscar de olhos estavam todos ali, passando praticamente no seu pé. Vi Michael Rogers passando para vencer a etapa e alguns segundos atrás o grupo principal, com Nairo Quintana com a camisa de líder, seguido de perto por Rigoberto Uran e Fabio Aru, que confirmaram as posições no final do Giro.
Uma curiosidade observada por quem estava lá, vivenciando tudo ao vivo, foi o apelido que Quintana ganhou na Itália. As pessoas o chamavam de Naironman Quintana, em alusão ao Ironman, ou Homem de Ferro.
No dia seguinte, peguei carona com meus amigos italianos até Treviso. Então, recomecei a pedalar sentido sul, pois agora meu objetivo era chegar a Cesenatico, terra natal de Marco Pantani. No primeiro dia foram cerca de 100 km até chegar em Chioggia, ao sul de Veneza. Para chegar lá, peguei o Tragheto, ou seja, a barca municipal que faz a travessia de Veneza para as ilhas que fecham a baía, Ilha de Lido e Ilha de Pellestrina, um passeio maravilhoso. Ao chegar em Chioggia você logo percebe porque é chamada de “pequena Veneza”. No dia seguinte segui para Camochio, a cidade das três pontes, também mais uma pequena Veneza super charmosa no delta do Rio Pó.
Depois, sempre descendo, passei em Marina di Ravenna e Ravenna. As duas cidades são ligadas com uma ciclovia, segurança total ao ciclista. De lá segui para Cesenatico, e conforme conselhos recebidos, fui pela “Pineta”, um bosque de pinus. No início fiquei meio apreensivo, pois estava com uma bicicleta Speed com pneus 700x25 com mais de 100 libras e com cerca de 20 kg de carga. A chance de ter um furo seria grande. Felizmente, não tive nenhum furo e ainda encontrei um casal de ciclistas italianos. Percorremos a trilha juntos, o que foi muito bom, pois eles conheciam o percurso e sozinho com certeza me perderia. Na cidade de Pantani, conheci o museu do Pirata e depois cruzei a Itália de leste a oeste, realizando a travessia Adriático-Tirreno.
Cesenatico
Toda cicloviagem sempre é rica em aprendizado e emoções e este ano, mais uma vez fazendo um “Bello” giro de bicicleta pela Itália, premiei-me com uma visita à cidade de Cesenatico, na costa Adriática, cidade natal de Marco Pantani ou simplesmente “Pirata”.
É lá que, em um salão vizinho à estação de trens, praticamente o mesmo imóvel, super charmoso, está o museu do Pirata, Fondazione Pantani. São três salas com vasto acervo da trajetória do campeão, desde sua primeira bicicleta de corrida até a última, inclusive a bicicleta com a qual Pantani conquistou o Giro d’Italia e o Tour d’France no mesmo ano em 1998. Aliás, nesta bike uma particularidade, para aliviar peso ao máximo possível, Pantani usava uma alavanca de câmbio diferente da outra, pois a da mão direita que troca as marchas traseiras são alavancas conjugadas ao manete de freio, e no câmbio dianteiro ele usava a alavanca de mudança no quadro, aliviando assim algumas gramas, além de que o Pirata também tinha o costume de trocar as marchas dianteiras com o joelho.
No museu há muita coisa para ver, todas as “maglias” que o campeão vestiu, vasto material de imprensa e audiovisual, realmente emocionante assistir tudo isto, etapas de grandes voltas que marcaram época.
Fiquei dois dias na cidade e tive a chance de, lá no museu, conhecer alguns personagens desta história, como Gigi o “Super Tifoso”, ou seja, o super torcedor, um simpático senhor de 81 anos amicíssimo de família e mentor de Pantani, além de Guerino, o mecânico número um para o Pirata,  e ainda tive a honra de conhecer Paolo Pantani, pai de Marco.
O museu foi inaugurado em 2006 e lá você pode ver também um pouco do trabalho da Fundação Pantani, uma ONG que ajuda no tratamento de crianças necessitadas e ainda promove um curso de ciclismo nas escolas da cidade e arredores, também fomenta o ciclismo apoiando eventos “clássicos” pela região. Este ano, em homenagem ao décimo ano da morte de Marco Pantani, foi inaugurado em uma das principais praças à beira-mar da cidade um monumento ao atleta.
Realmente muito emocionante a visita a Cesenatico e ao museu, e polêmicas à parte, o que se vê é que Marco era um “ragazzo d’oro”, ou seja, um menino de ouro, uma ótima pessoa, querido por todos, e com certeza seu lugar no “hall” dos super campeões é eterno e a bandeira do Pirata sempre tremulará nas etapas de montanha.
A bike da viagem
Nesta viagem, em parceria com os amigos da Bianchi Brasil, pedalei uma Bianchi Impulso, uma “bellissima” Speed, sangue azul, ou melhor, verde celeste. A bike é leve, rápida, maravilhosa e com bike fit realizado na Anderson Bicicletas passei horas agradáveis pedalando. Pelo fato da bicicleta ser uma Speed pró seu quadro não é dotado de furação para bagageiros, portanto, a bike foi equipada com bagageiro Pack’n pedal da Thule, desenvolvido para fixação sem parafusos no quadro, que atendeu totalmente a necessidade.
Agradecimento aos parceiros
Bianchi Brasil – Distribuidora Dádiva
www.dadiva.com.br
Anderson Bicicletas
www.andersonbicicletas.com.br
Thule
www.thule.com

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Revista Bicicleta - Ciclismo e Obesidade.


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Ciclismo e Obesidade

Revista Bicicleta por Carlos Menezes
08/01/2015
Ciclismo e  Obesidade
Foto: Shutterstock
Que a obesidade vem se tornando uma epidemia mundial, não é novidade para ninguém. No Brasil, o IBGE pesquisou no período de 2008 a 2009 e detectou que a obesidade atinge 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres com mais de 20 anos, 4,0% dos homens e 5,9% das mulheres entre 10 e 19 anos, 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre cinco e nove anos.
Entre os anos de 1989 e 1997 a obesidade aumentou de 11% para 15% e se manteve razoavelmente estável desde então, sendo maior no sudeste do país e menor no nordeste.
O fato se agrava mais quando levamos em consideração aquelas pessoas que estão encaminhando para a obesidade. Na mesma pesquisa foi observado que 32% dos homens e 34,8% das mulheres com mais de 20 anos, 21,7% dos homens e 19,4% das mulheres entre 10 e 19 anos, 50,1% dos meninos e 48,0% das meninas entre cinco e nove anos apresentam sobrepeso.
Se por um lado o aumento do poder aquisitivo do brasileiro colaborou para o aumento dessas estatísticas, uma vez que as pessoas passaram a ter mais acesso a alimentos supérfluos ricos em calorias, compra de veículos automotores e eletrodomésticos que facilitam a vida cotidiana, por outro lado esse mesmo aumento do poder aquisitivo tem feito com que mais pessoas se preocupem com a qualidade de vida, buscando praticar exercícios para a manutenção da saúde.
Dentre esses exercícios, a prática esportiva do ciclismo vem despertando o interesse de muitas pessoas como opção de queimar as calorias em excesso, consequentemente perdendo peso.
Não é raro ouvirmos depoimentos de pessoas que modificaram completamente sua constituição corporal em função da mudança de hábitos alimentares e esportivos. Para a perda de peso o ciclismo passa a ser uma boa escolha, que junto com o controle da dieta alimentar, culmina em uma excelente perda de peso e fortalecimento muscular.
Embora seja comum vermos grupos de ciclistas magérrimos, por outro lado, não é raro nos depararmos com um grupo de ciclistas obesos ou com sobrepeso. É preciso deixar claro que o ciclismo por si só não faz milagres. Perder peso é regra matemática, é preciso gastar mais calorias do que ingerir, para emagrecer.
Dessa forma, não basta comprar uma bicicleta, levantar às cinco horas da manhã no domingo, colocar a bike no carro, dirigir até o posto de gasolina na saída da cidade, estacionar o carro, sair pedalando e depois de andar 100 km pelas trilhas e estradas, sentar no restaurante do posto de gasolina com a turma e “bater aquele rodízio” regado a muita cerveja e sobremesas calóricas.
Diria que a palavra-chave para a perda de peso com a bicicleta é essencialmente a disciplina. O organismo se adapta ao peso acima do normal e, ao tentar emagrecer, o corpo entende como uma anormalidade e “boicota” a falta de ingestão de calorias levando-o a sofrer do tão famoso efeito sanfona. Por isso é preciso estabelecer algumas regras de rotina como ter dias/horários definidos para pedalar, fazer as refeições nas horas certas, evitar alimentos com alto teor de gordura e/ou calorias.
Assim, antes mesmo de comprar a bike, é preciso definir algumas coisas:

Quantas vezes por semana vou pedalar

Quando se estabelece uma rotina de treinos, com o tempo o seu organismo se adapta à prática esportiva e quando furar a planilha de treinos, seu corpo sentirá falta dos hormônios liberados durante o esporte, despertando em você a vontade de sair para pedalar. Uma sugestão é pedalar três vezes por semana.

Quantos quilômetros pedalar a cada dia

No início, a preocupação deve ser somente em sair de casa para pedalar, cumprindo a frequência de treinos previamente estabelecida. Pedale 5 km em, no máximo, uma hora (essa é a mesma velocidade com que você caminha). Aos poucos perceberá que estará percorrendo distâncias bem maiores no mesmo tempo.

Dois dias da semana percorra distâncias menores e no final de semana percorra de 75% a 100% do que pedalou durante a semana de uma única vez. Exemplo: se você pedala 20 km na terça e 20 km na quinta, pedale entre 30 e 40 km no sábado ou domingo.

Onde pedalar

Escolha locais planos e evite pegar subidas. Outra boa opção é pedalar em ritmo de passeio pelas ruas do bairro ou vá até a escola dos seus filhos, até o seu trabalho, etc. Você vai descobrir um outro olhar pela cidade.

Com quem pedalar

Nada de iniciar o pedal querendo acompanhar grupos de ciclismo ou trilha. Essas pessoas já pedalam há meses e acontecerá de duas uma: ou eles vão te deixar para trás e você vai se sentir frustrado, fraco e incapaz de pedalar, ou eles ficarão parando para esperá-lo e você se sentirá um empecilho para o grupo, ambos os pensamentos colaborarão para que você desista de praticar o ciclismo.
Comece pedalando com alguém que também está começando. Mas precisa ser alguém motivado, que o estimule a pedalar. Se for alguém que você tenha que ficar insistindo, melhor pedalar sozinho.

Do que vou abrir mão no meu dia a dia para encontrar tempo de pedalar?

Se você parar agora para pensar, vai perceber que não tem como inserir uma hora de ciclismo duas vezes por semana e duas horas no final de semana para pedalar. Então, elenque suas prioridades e veja o que é menos importante que possa ser substituído pela bici. Lembre-se de que tudo na vida é questão de prioridade, então, não espere enfartar para tornar o “perder peso” uma prioridade.

Como devo conciliar minha alimentação?

A alimentação é tão importante quanto a prática esportiva e é importante não estabelecer restrições radicais, pois você não conseguirá se adaptar. É fundamental que procure um nutricionista esportivo para que direcione sua dieta, ajustando seu paladar a alimentos saudáveis ao longo dos anos.

Acompanhamento profissional

Faça a coisa certa. Procure um médico e faça os exames mínimos necessários para conhecer como está sua saúde no momento. De posse desses resultados, procure um treinador para orientá-lo nos treinos e cobrar que siga a dieta nutricional e que cumpra os treinos ajustando carga e volume de acordo com sua evolução. Nunca encare isso como um gasto, pois todo o dinheiro investido será economizado em planos de saúde e consultas médicas no final da sua vida.
Somente depois de ter respondido a todas essas perguntas é que você deve partir para a etapa de comprar uma bike, pois assim você conseguirá conversar com o seu fitter e com o vendedor da loja. Explicando o seu uso e necessidade, será indicada a bicicleta ideal para o início da prática esportiva. A bike que vai comprar nesse momento não é para o resto da vida. À medida que seu condicionamento físico e constituição corporal forem modificando, você vai querer e vai precisar de melhores equipamentos e deverá obrigatoriamente investir em bikes melhores. Para a compra da bike, leve algumas coisas em consideração:

Não compre bikes em supermercados ou lojas de departamento. Quando escolher sua bike, opte por lojas especializadas. Nada contra os supermercados e lojas de departamento, mas a diferença é que nas lojas do ramo você contará com um leque maior de opções de marcas, modelos e valores, sem falar no conhecimento dos funcionários da loja para ajudá- lo na compra. Leve com você um amigo que já pedala e que conhece nomes e modelos das diferentes marcas para ajudá-lo a resolver as dúvidas.
Antes de comprar a bicicleta, faça um bike fit para descobrir o tamanho correto do quadro e componentes. Depois de comprar a bike volte para colocá-la no ajuste ideal para poder pedalar com conforto e eficiência evitando lesões.

Dicas importantes

- Opte por bicicletas do tipo Mountain Bike, pois oferecem um posicionamento mais confortável para pedalar dentro da cidade, uma vez que a inclinação do tronco ao solo é maior.
- Escolha um selim mais largo, forrado com gel.
- Utilize um posicionamento com a maior abertura de quadril e tronco ao solo possível (consulte um fitter para isso).
- Utilize suspensões eficientes e que nas especificações do fabricante descreva indicação para o seu peso atual.
- No início, evite bicicletas com suspensão traseira, ao menos que tenha sido prescrita pelo fitter.
- Se for pedalar apenas no asfalto, coloque pneus lisos e equipe a bicicleta com pneus de, no mínimo, 2.0 tanto para terra quanto asfalto.
- Quanto maior seu peso, maior será a aceleração na descida, portanto, escolha freios eficientes e de marcas conhecidas.
- Escolha uma boa relação de marchas com 27 a 30 marchas e com cassete de 36 dentes. Assim, mesmo que esteja em baixa velocidade, mantenha-se pedalando.
Para fechar o assunto, lembre-se de que você não engordou da noite para o dia. Esse foi um processo lento e contínuo ao longo dos anos, portanto, não procure milagres. Coloque um objetivo para os próximos anos e não se arrependerá do resultado.

sábado, 3 de janeiro de 2015

São Silvestre 2014 !

Há anos que não ficava em São Paulo para passar o ano novo mas estava sem vontade de ir para a praia. Além da confusão nas estradas, queria paz, paz. Sendo assim resolvi fazer a São Silvestre de bicicleta antes da largada e bater meu próprio record e consegui 47m nem eu acreditei.
 
 Há muito tempo não chegava no meu limite mas foi uma vitória. E além de pedalar de trancinhas que para quem não sabe sempre usei cabelo curto, e tinha um sonho o cabelo cresceu e depois de velhinha estou  me achando com elas he he he. Sei que, acabei ficando na rua de bike até tarde e torrando, entre um convite aqui e outro ali fiquei em casa e resolvi tirar uma soneca por volta das 22hs apaguei de tal forma que não vi nem ouvi o ano novo chegar valeu para mim um final de ano incrível. Desejo à todas um maravilhoso 2015!

Que 2015 traga..............

Meninas que 2015 seja um ano lindo e com muito AMOR dizem que o rosa é a cor da sorte para este ano a cor do Saia na Noite !