terça-feira, 7 de maio de 2013

Dez roteiros especiais pelo Brasil para fazer de bicicleta

Marina Gomes 
Do UOL, em São Paulo
Que tal viajar de bicicleta, curtindo com calma cada pedacinho do trajeto? O UOL Viagem selecionou dez rotas bastante variadas passando por belos lugares do país. Há passeios de um dia até aqueles de mais uma semana, verdadeiros desafios mesmo para quem está bem preparado. Em comum, as lindas paisagens e uma maneira diferente de conhecer as regiões do Brasil. Prepare seu alforge, pernas e pulmões, pegue os mapas e escolha qual combina mais com você.
Ampliar


Dez roteiros especiais pelo Brasil para fazer de bicicleta56 fotos

40 / 56
O percurso da rota Caminho da Luz é indicado com setas amarelas Eliana Garcia

Cunha - Paraty (SP-RJ)
Trata-se de um trecho curto, quase só de descida e terminando na histórica e belíssima Paraty (RJ). Não poderia ser melhor, não? Mas é preciso cuidado e um pouco de habilidade, já que a descida em questão é feita na histórica Estrada Real, com muitas pedras soltas, por isso certifique-se de estar com os freios em ordem.

A Sampa Bikers (www.sampabikers.com.br) sugere que o início da pedalada seja no quilômetro 20 do trevo de acesso de Cunha, a dois quilômetros de distância da estrada para a Pedra da Macela - aliás, quem estiver com bom condicionamento pode desviar um pouco do caminho e subir a Pedra para avistar o mar.

O roteiro tem cerca de 30 km, sendo apenas seis de subida até a divisa entre Rio e São Paulo. No caminho, cachoeiras, mata, pequenos animais e belas paisagens, com destaque para a Cachoeira do Escorrega, um tobogã natural pouco antes da chegada ao centro de Paraty.

Chegando a cidade recomponha as energias com a atmosfera de charme colonial, boa culinária, as famosas cachaças artesanais e, quando tiver fôlego, aventure-se pelas ilhas e praias, podendo esticar até Trindade (com destaque para a praia do Cachadaço).


Caminho dos Diamantes (MG)
Que tal pedalar entre duas das mais belas cidades mineiras, que guardam patrimônios importantíssimos da história do Brasil? Pois quem estiver muito bem condicionado e não tiver medo de subidas pode fazer a viagem de Diamantina a Ouro Preto, refazendo o trajeto das riquezas brasileiras que seguiam a Portugal pela Estrada Real. Apesar de difícil, é um dos percursos mais procurados por ciclistas, com 350 km de muito sobe-e-desce. Para aproveitar com tranquilidade todos os atrativos do caminho reserve dez dias, como sugere o advogado Junior Menini, de São Bernardo do Campo, adepto das cicloviagens. “A beleza da Serra do Espinhaço é impressionante. Passamos por diversas cidades históricas que ainda conservam o patrimônio arquitetônico”, diz ele, que destaca Serro e Conceição do Mato Dentro. A primeira é famosa pelos queijos e pelas construções no estilo colonial, enquanto Conceição do Mato Dentro abriga a Cachoeira do Tabuleiro com seus impressionantes 273 metros de altura.

Outro município pequeno e acolhedor no caminho é Milho Verde. “No meio do percurso há ainda os municípios de Cocais e Barão de Cocais, muito pequenos e guardam um ar nostálgico da época da exploração de ouro e diamante”, completa Menini.

Pouco antes do destino final está Mariana. Se quiser “matar” uma parte da pedalada pegue a maria-fumaça até Ouro Preto, onde casarões, museus e igrejas devem ser visitados sem pressa. O percurso é sinalizado com pequenos totens, e os mapas e detalhes podem ser baixados no site www.estradareal.tur.br. E depois de tanto esforço, pode se entregar sem culpa aos queijos, doces e quitutes famosos do estado.
  • Acervo IER-Roney Ribeiro
    Totens mostram o Caminho dos Diamantes aos viajantes, em Minas Gerais

Caminho do Sol (SP)
Poucos sabem, mas bem próximo à São Paulo há um caminho de peregrinação inspirado no Caminho de Santiago de Compostela. Passando por ambientes rurais e muitas plantações de cana, é uma boa opção para quem procura um percurso curto e que ao mesmo tempo ofereça a tranquilidade da natureza sem se afastar muito da capital.

Com 240 km, o Caminho do Sol sai de Santana de Parnaíba e chega à estância de Águas de São Pedro, onde o fim é marcado com um bater do sino na Casa de Santiago. “A região de Itu é um dos pontos mais bonitos do caminho, estradas de terra em terreno montanhoso e sem a paisagem de cana-de-açúcar”, relembra o advogado Luis Felipe Campos Silva, que fez o percurso em três dias.

A rota é monitorada e deve ser feita uma inscrição no site www.caminhodosol.org. Durante o caminho, o passaporte é carimbado e ao fim o ciclista recebe um certificado de concluinte.

As hospedagens são bem simples, seguindo a proposta de despojamento, e o trajeto é indicado por setas amarelas. Este percurso geralmente é feito em quatro dias.


Nenhum comentário:

Postar um comentário