quarta-feira, 19 de março de 2014

Como construir cidades mais saudaveis??

        
19/03/14
 

Como construir cidades mais saudáveis?

A questão será discutida no Fit Cities SP, evento promovido por Cidade Ativa e USP Cidades que reunirá em abril especialistas em urbanismo, saúde e mobilidade urbana.                            
Notícias
 
Autor: Da redação  |  Postado em: 19 de março de 2014  |  Fonte:Mobilize Brasil
High Line, exemplo de modo de vida saudável em Nov
High Line, exemplo de modo de vida saudável em Nova York
créditos: Iwan Baan

A rápida urbanização e o gradual aumento do nível econômico dos brasileiros trouxe uma importante mudança no quadro da saúde urbana no nosso país. Hoje as doenças não transmissíveis (que incluem moléstias crônicas, como cânceres e doenças cardiovasculares) são responsáveis por 74% das mortes dos brasileiros. Muitas dessas enfermidades estão ligadas à obesidade, sedentarismo e diabetes – doenças causadas ou agravadas por um estilo de vida pouco ativo e por maus hábitos alimentares.

Dados do Ministério da Saúde mostram que 5,6% da população são diagnosticados com diabetes e em torno de 20% dos adultos sofrem de hipertensão. Além disso, 50% dos brasileiros estão acima do peso (Índice de Massa Corpórea - IMC - entre 25 e 30kg/m²) e 16% são considerados obesos (IMC>30km/m²). Entre as crianças, os índices já são alarmantes: em 2009, 16% dos meninos de 5 a 9 anos já eram obesos.

Como a cidade e a forma que vivemos nela entra nesta equação? De olho nesta pergunta, a entidade Cidade Ativa e o USP Cidades promoverão em abril o Fit Cities São Paulo, uma conferência que trata do tema da saúde e do estilo de vida em grandes metrópoles.

Com experiências bem sucedidas no exterior em cidades como Nova York e Londres, a conferência busca integrar as discussões em torno da qualidade do espaço urbano e seus usos: como fazemos os deslocamentos diários, onde e como moramos, onde passamos o tempo livre e os efeitos desse cotidiano na saúde dos cidadãos.




“Nossa genética não mudou em uma geração, mas o ambiente em que vivemos, sim”, explica José Eduardo Bittar, médico e um dos responsáveis pela vinda da conferência ao Brasil. Junto com profissionais que participaram das conferências anteriores, em outros países, ele tomou a iniciativa de criar o grupo Cidade Ativa, que tem o objetivo de promover projetos de qualificação do espaço público para contribuir para práticas mais saudáveis, como atividade física e mobilidade não motorizada.

Na visão do USP Cidades, o Fit Cities São Paulo é uma oportunidade de relacionar a saúde das pessoas que vivem em cidades ao estilo de vida urbano, que mesmo com tantas dificuldades oferece espaço para diferentes opções de interação com o meio construído. “A percepção da relação direta entre esses elementos é a ferramenta mais importante para a transformação de espaços inóspitos em lugares convidativos, que estimulem uma interação mais saudável do habitante com sua cidade” explica Maria Teresa Diniz, Coordenadora Executiva do USP Cidades.

O evento será realizado no Auditório da Biblioteca Brasiliana, na Cidade Universitária, em São Paulo, no dia 16 de abril e reunirá os principais atores ligados ao urbanismo e à saúde urbana, como o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), a Sociedade Brasileira de Atividade Física, a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) e organizações da sociedade civil, como o Mobilize Brasil.

A Universidade de São Paulo estará representada por professores doutores especialistas no tema, integrantes do Laboratório de Poluição Atmosférica da FMUSP, do Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética (LABAUT) e do Laboratório Quadro de Paisagismo no Brasil (QUAPÁ), ambos da FAUUSP.

Sobre o Cidade Ativa
O  Cidade Ativa é uma iniciativa de longo prazo que promove o movimento "Active Design" nas cidades brasileiras, vislumbrando oportunidades de transformações no ambiente construído que possam incentivar um estilo de vida mais ativo para os seus cidadãos. É composto por uma equipe internacional e multidisciplinar com experiência nas áreas de saúde, arquitetura, desenho e planejamento urbano. Seus membros fizeram parte da história de criação do Active Design e já desenvolveram projetos para cidades ativas.

Sobre o USP Cidades
O USP Cidades é um centro de pesquisa, formação e difusão de soluções inovadoras para a gestão urbana no Brasil. É um fórum permanente para interlocução de técnicos, gestores públicos e acadêmicos envolvidos com a temática urbana, a partir da pesquisa independente e de qualidade. O grupo busca incidir no debate público, transformando conhecimento em inovação na implementação de soluções urbanas, servindo como ponto de referência para a articulação entre a gestão pública, a pesquisa aplicada e o setor privado, para tratar dos principais desafios das cidades no país.

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Pedal 18 março a cidade estava um caos.

Meninas apesar do caos da cidade, na hora do pedal a lua cheia nos acompanhou.Várias ruas estavam sem luz após o temporal que caiu à tarde, árvores no chão mas quase ninguém na rua. Resolvemos então pedalar 18km e terminamos nossa noitada no Adventure Bar e a mulherada não falhou. Quando voltei para casa por volta da meia noite a Rua Pinheiros ainda estava sem luz lamentável.

lamentável.

domingo, 16 de março de 2014

Ciclovia Rio Pinheiros inaugurada.

     NOTÍCIAS.         
        


SP: Ciclovia alternativa do Metrô é inaugurada

Ciclistas poderão pedalar entre as pontes Cidade Jardim e João Dias. Obras da Linha 17-Ouro do Metrô interromperam trecho da ciclovia original.                             
Notícias
 

Autor: Da redação  |  Postado em: 13 de março de 2014  |  Fonte:G1 São Paulo
A nova ciclovia do Metrô foi inaugurada nesta quin
A nova ciclovia do Metrô foi inaugurada nesta quinta (13)
créditos: Divulgação

A nova ciclovia do Metrô foi inaugurada nesta quinta-feira (13) às 6h em São Paulo entre a Ponte Cidade Jardim e a Ponte João Dias, informou o programa da Rede Globo, Bom Dia São Paulo.

A pista estava pronta desde fevereiro, mas não havia sido aberta aos ciclistas porque a Eletropaulo alertou sobre linhas de transmissão de energia no trajeto. Agora, para que a ciclovia fosse inaugurada , foi prometida segurança motorizada para os ciclistas, para que ninguém chegue em áreas de risco.

A pista alternativa foi construída entre o Rio Pinheiros e a via sentido Interlagos da Marginal Pinheiros para atender os ciclistas que ficaram sem parte da ciclovia original. As obras da Linha 17-Ouro do Metrô interromperam a ciclovia original parcialmente entre as estações Granja Viana e Vila Olímpia da Linha 9-Esmeralda da CPTM.

As vans que realizam o transporte dos ciclistas no trecho interditado da pista original deixarão de prestar serviço a partir desta sexta, segundo informações do Bom Dia São Paulo, já que a alternativa agora será a nova pista.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Novas vagas vivas para São paulo.

Noticias   12/03/14        

       


São Paulo pode ganhar novas "vagas-vivas"

'Vagas vivas' deverão ser instaladas em ruas de restaurantes e lojas. Prefeitura fará na semana que vem chamamento a empresas interessadas.                            
Notícias
 

Autor: Márcio Pinho  |  Postado em: 26 de fevereiro de 2014  |  Fonte:G1 São Paulo
Vaga Viva na Rua Padre João Manoel, antes do Dia M
Vaga Viva na Rua Padre João Manoel
créditos: Arquivo/José Luis da Conceição/AE

A Prefeitura de São Paulo deve publicar na próxima semana um chamamento público convocando empresas interessadas em instalar decks para estender a calçada de ruas da cidade. Segundo o prefeito Fernando Haddad (PT), as chamadas “vagas vivas” serão instaladas onde hoje é permitido estacionar e em vias que não têm tráfego intenso e com velocidade máxima de 40 km/h.

“Tenho para mim que vai ser um sucesso na cidade. A cidade tem muita carência de espaço público. Para mim é tão importante quanto a faixa exclusiva. É permitir que as pessoas usufruam a cidade com conforto”, disse Haddad.

A conveniência do projeto para a cidade será analisada, segundo o prefeito. A tendência é que bares, restaurantes e lojas sejam os interessados em ter esses espaços para ampliar sua estrutura. Poderão ser instalados, por exemplo, decks de madeira com mesas para os clientes de um bar.

A ideia já funciona em outras cidades. A medida não vai afetar as faixas de rolamento, mas poderá eliminar vagas de Zona Azul.

A vaga viva já foi instalada em São Paulo em razão do Dia Mundial sem Carro, na Rua Padre João Manoel, nos Jardins. Foram colocados sofás para simbolizar uma cidade que não está totalmente voltada ao automóvel.

Também na próxima semana, a Prefeitura deverá publicar um decreto regulamentando o uso dos parklets.

Paulistanos aderem mais à caminhada e aos deslocamentos de bike.

        
12/03/14
 
Noticias

Em 5 anos, paulistanos aderem mais à caminhada e aos deslocamentos de bike

Viagens diárias realizadas dessa maneira cresceram 8% entre 2007 e 2012               
 
Autor: Da redação  |  Postado em: 12 de março de 2014  |  Fonte:R7
Ciclistas utilizam a ciclofaixa de lazer em trecho
Ciclistas utilizam a ciclofaixa de lazer no Parque do Povo
créditos: 13.01.13/Tiago Queiroz/ Estadão Conteúdo

Os moradores da região metropolitana de São Paulo estão andando mais a pé e de bicicleta, e o número de viagens diárias feitas dessa maneira cresceu 8% entre 2007 e 2012, de acordo com a Pesquisa de Mobilidade 2012/2013, realizada pelo Metrô e pelo governo do Estado.

Em cinco anos, as viagens diárias a pé ou de bicicleta aumentaram de 13 milhões, em 2007, para 14 milhões, em 2012.

Nesse intervalo, a capital ganhou várias ciclofaixas e expandiu a malha cicloviária, totalizando mais de 245 km de pistas dedicadas ao trânsito seguro de bicicletas.

A grande preferência no deslocamento, no entanto, ainda é por veículos motorizados. Diariamente, 29,7 milhões de viagens são realizadas com carro, moto, metrô, trem, ônibus, fretado e táxi, contra os 14 milhões de viagens a pé e de bicicleta.

Também nesse período de cinco anos, a população de renda mais baixa diminuiu o número de viagens a pé e de bicicleta e passou a usar mais os veículos motorizados, de acordo com a pesquisa.

Quando as Bicicletas viram arte surreal.

        
 

Quando as bicicletas viram arte surreal.

No interior do Senegal, o bicicleteiro-escultor Fall Meïssa combina transporte limpo com reciclagem e recria, a partir de mitos africanos, obras de imaginação invencível .                            
Notícias
 
Autor: Flora Pereira e Natan de Aquino  |  Postado em: 12 de março de 2014  |  Fonte:Afreaka
Esculturas feitas com peças de bicicleta
Esculturas feitas com peças de bicicleta
créditos: Divulgação

Para que serve uma bicicleta? Para Fall Meïssa, a resposta vai muito além de um meio de transporte ou de lazer. Uma bicicleta pode virar um segurança do Michael Jackson, o cozinheiro do Gênio do rio, a mama África grávida ou até um pterodátilo meio dinossauro meio peixe. No trem de ideias surrealistas que viaja em alta velocidade pela sua mente não faltam opções do que fazer com uma bicicleta ou com partes dela que já não são utilizadas. A transformação do lixo em esculturas de metais escorre com facilidade entre as ideias do artesão de Saint Louis.

Meio período artista, meio período mecânico, Fall Meïssa nasceu e cresceu entre as magrelas assistindo pai e avô a trabalharem em uma modesta oficina de bicicletas. “Quando eu era criança, no ateliê do meu pai, o velho não queria que eu tivesse uma vida de traquinagens na rua, então para me ocupar ele me deu a função de limpá-las”, lembra o artista, “cada vez que ele me dizia que não estava pronto, que faltava tal ângulo ou tal canto para melhorar, eu recomeçava. Nunca estava bom o suficiente. Nunca era hora de sair para brincar”.

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Foi assim, no borbulhar de um sentimento antagônico que Fall começou a transformar virtualmente em sua cabeça os objetos trabalhados. Imaginando-os em outras formas, ele começou a acreditar que cada vez que limpava, as peças iam ganhando novos contornos – quase animais ou humanos. “Era como se quando eu os tocava, eu tivesse o poder de lhes dar vida. Era como se eu tivesse ganhado o poder de lhes dar uma segunda chance”, conta o escultor na sua fala rápida, quase atropelada e de palavras cortadas. Suas obrigações lhe conferiram uma compaixão oposta: ao se sentir privado de liberdade, ele transformou livre os objetos que limpava.

Fall explica que, aos poucos, vender as peças ou jogá-las fora se tornou impossível — ele já tinha começado a amá-las. Para ele já não eram mais objetos. Ele havia entendido que ali estava presente uma segunda vida. No seu pensamento fluído, o artista declara: “A bicicleta é como a natação, ela nos é familiarizada. É algo que gente nunca esquece. Ao ver um pedaço solto, qualquer pedaço, a gente sabe que ele veio da bicicleta. Não é assim com o carro ou com o celular. Porque a bicicleta não é vestida, ela é nua. E por isso, nós humanos somos muito próximos dela”. Transporte, entregas, encontros: em um insight, ele entendeu que as bicicletas são mais do que isso, são também um meio de fazer circular ideias e transmitir valores. E assim partiu para arte.

Da paixão pela escola moderna, Meïssa imbicou nas metodologias contemporâneas de criação e na contramão de Saint Louis, uma cidade com problemas graves de coleta de lixo, o genioso escultor construiu sua vida na arte ecológica, tornando-se precursor de uma ciência de reciclagem que lhe veio naturalmente, através do sentimento e da percepção de valor de um material em desuso. Nas mãos do artista de aparência quase caricatural, de sobrancelhas grossas, barba preta com destaque singular de ponta branca, boca já sem dentes e capuz de pano cobrindo o cabelo cheio, as peças se transformam em obras refinadas, frutos de uma linha de pensamento apurada e complexa e de uma imaginação invencível.



De um aro cortado ali e aqui, adicionado de um amortecedor e ornamentado por guidões nasce um “robô em pane, um grande cara, um corajoso! Mas que está em pane porque a velocidade da vida eletrônica não respeita a velocidade da vida”. Nasce também um “torcedor do basquete que não é um jogador, mas que na sua ansiedade marca pontos antes da própria equipe”. Nascem ainda mitos, lendas e personagens históricos relacionados ao gênio do rio, entidade mística intimamente presente na vida dos moradores de Saint Louis e que os protege de afogamentos e dos perigos das águas “em troca de dois pedaços de carneiro sacrificado oferecidos ao rio no nascimento de cada bebê da cidade”. Nascem a ritmo galopante analogias e metáforas. Na sua linguagem refinada e contrastante, o escultor afirma que a fórmula é simples: “A escultura e a mecânica são como a medicina. Existe um paciente que espera e eu tenho que ir até a minha farmácia buscar o medicamento necessário”. Com Fall Meïssa, o conceito de reciclagem ganha uma nova forma, uma forma em que a criatividade parece não ter esquina.

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Les Marmites restaurante em Paris usa bicicleta para entregar refeições.

        
 

Restaurante em Paris usa bicicleta para entregar refeições.

Ideias defendidas pelo Les Marmites Volantes são economia solidária, comida saudável e mobilidade sustentável. De bike, a casa entrega cerca de 80 marmitas por dia.                            
Notícias
 
Autor: Da redação / Mobilize  |  Postado em: 10 de março de 2014  |  Fonte:Mobilize Brasil / Valor
Refeições quentinhas, entregues em casa, por bikes
Refeições quentinhas, entregues em casa, por bikes
créditos: Divulgação

A criação de negócios sustentáveis, que seguem princípios da economia social e solidária, e nessa linha também incorporam preocupações com questões urbanas, como a mobilidade sustentável, é uma vertente em alta em muitos lugares da Europa. E um bom exemplo vem da França: o restaurante Les Marmites Volantes, localizado no bairro de La Vilette, optou pela bicicleta como meio de transporte para a entrega de refeições em domicílio.

Aberta a menos de dois anos por quatro jovens com formações diferentes, todos na faixa dos 30 anos, a casa tem como princípio produzir comida saudável, a preços acessíveis. Para conseguir oferecer refeições a preços baixos, conta a chef Madalena Guerra, uma das proprietárias, eles optaram por ter uma rede de fornecedores diretos, sem intermediários. "Utilizamos só produtos da região e montamos nosso cardápio - pratos vegetarianos e de carne - com produtos da estação", completa Madalena.

A bordo das bicicletas identificadas com a marca da empresa, o Les Marmites Volantes entrega em média 80 marmitas. Elas seguem acondicionadas em recipientes encaixados e empilhados, cobertos por manta térmica.

O diferencial, que ajuda a alavancar negócios como esse, é que o governo local apoia a criação de estabelecimentos promotores da inclusão social, caso do Les Marmites. O poder público paga parte do salário dos funcionários e promove concursos para quem abre negócios com estas características.

Assim, a fórmula do Les Marmites Volantes vem dando certo, e seus donos já estudam propostas para abrir uma segunda unidade, antes mesmo de a casa completar dois anos aberta.